Doenças ocupacionais sofridas pelos dentistas

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As doenças ocupacionais para o dentista acontecem em função de sua condição de trabalho. Há muitos afastamentos por incapacidade devido à tais doenças ocupacionais para o dentista.

Entenda as Doenças ocupacionais para o dentista

As doenças ocupacionais para o dentista ocorrem em virtude dos hábitos, posturas e riscos ambientes que os odontólogos estão expostos no trabalho. As instalações do consultório, equipamentos a serem manuseados, interação com pessoas para tratamento e prevenção de problemas, exposição à radiação e contato com drogas farmacológicas, acabam propiciando ainda mais o surgimento de doenças ocupacionais para o dentista.

Além de toda esta exposição do dentista devemos atentar a parte minuciosa do trabalho, aonde o cirurgião necessita fazer movimentos precisos, delicados e com força concentrada, a visão necessita estar sempre concentrada no local aonde o procedimento é realizado, o alcance da postura durante os atendimentos para que se consiga melhor resultado com os outros movimentos, vindo ai exigir muito esforço, concentração, discernimento, segurança e forçando ainda outros pilares da saúde do profissional, e causando muitas vezes o afastamento do trabalho por motivo de incapacidade.

Conforme exposto acima acerca da atuação do cirurgião-dentista, agora vamos abordar as 4 principais ocorrências de doenças ocupacionais para o dentista:

1ª PERDA AUDITIVA – A perda auditiva é uma das doenças ocupacionais para o dentista que está constantemente presente nos consultórios odontológicos, por meio do agente físico ruído, essa doença atinge um grande número de cirurgiões dentistas tendo em vista os motores responsáveis por impulsionar os equipamentos odontológicos.

Podemos citar como equipamentos que geram esse barulho no consultório, tais como a caneta de alta rotação, micromotor, compressor, ar condicionado, agressões sonoras externas e outros. Essas agressões sonoras são graduais, progressivas e indolores, o que dificulta que o profissional perceba que está prejudicado com a exposição. Inicialmente o profissional sequer percebe que está restando enfermo pela perda da audição. Assim os profissionais continuam a exercer suas atividades ininterruptamente acarretando na perda ou redução da capacidade auditiva.

2ª ALTERAÇÕES VISUAIS – A visão é um dos alicerces para a pratica da odontologia, o cirurgião dentista deve estar sempre com a visão em perfeito estado, pois, é indispensável para a realização dos atendimentos, com ações rápidas, seguras e eficientes.

Os atendimentos são realizados sempre dentro de cavidades nada anatômicas com sombras e outros pontos que dificultam a avaliação do dentista. Com o passar do tempo e o uso constante da visão os cirurgiões dentistas passam a sentir a chamada fadiga visual, isso ocorre porque os músculos responsáveis pela movimentação do globo ocular, fixação e focalização da visão acabam por se desgastar. O resultado dessa fadiga é tensão e desconforto constante nos olhos, aumentando assim o seu piscar, como o aumento do lacrimejar e o avermelhamento, acabando por começar a gerar a incapacidade no profissional com a perda da nitidez ou duplicação das imagens.

Chegando ao grau mais avançado que acaba por começar a gerar a incapacidade laborativa total do cirurgião dentista, nesse estado de incapacidade o cirurgião dentista começa a apresentar dor de cabeça, náuseas, depressão e irritabilidade emocional, além da perda de visão.

3º PROBLEMAS NA COLUNA – Os distúrbios de ordem posturais, mais conhecidos por causarem problemas junto à coluna, são outra realidade junto aos dentistas. A postura empregada para realização do trabalho diário é um dos mais preocupantes problemas ocupacionais, pois as longas jornadas de trabalho e diversos atendimentos diários com a postura de forma pouco ergonômica acabam por gerar diversos problemas.

Os principais sintomas a aparecerem nos cirurgiões dentistas são as dores musculares na região lombar, pernas, dorsal, braços e pés. Ainda podem acabar surgindo problemas de varizes e circulatórios, inflamações nos tendões, e diversos outros problemas diretamente na coluna.

Com o decorrer do tempo esses problemas derivados da má postura junto à coluna acabam intensificando e gerando a incapacidade total do cirurgião-dentista. É uma das doenças ocupacionais mais comuns de ocorrer.

4º LERs (Lesões por Esforços Repetitivos) – As Lesões por Esforços Repetitivos também acometem os cirurgiões-dentistas. Conforme abordamos no começo do texto o dentista necessita realizar procedimentos minuciosos que exigem força concentrada e movimentos precisos e delicados. A repetição destes movimentos diariamente durante os muitos atendimentos realizados acaba por gerar essas lesões.

Com o passar do tempo começam a surgir dores, fadiga, quedas no desempenho do trabalho, podendo desenvolver síndrome crônica dependendo da gravidade da lesão adquirida pelo profissional. Problemas nas articulações, como tendinites, bursites e afins, são normais que surjam com o prolongar destas lesões. Na maioria dos casos, tais doenças ocupacionais acabam por gerar a incapacidade total temporária do profissional.

Salientamos que em todas as doenças expostas o melhor a se fazer pelo profissional é trabalhar na prevenção, por meio de investimentos em seu ambiente de trabalho, como:  adquirir equipamentos certificados com níveis de ruído adequados e dentro das normas vigentes aceitáveis, adquirir o mobiliário do consultório com a ergonomia adequada para o profissional que irá utilizá-lo e, utilizar os equipamentos de proteção individual adequados.

Fonte: Auxilio Doença: Dentista. Disponível em: https://koetzadvocacia.com.br/doencas-ocupacionais-para-o-dentista/. Acesso em: 07/04/2021.